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Quantidade ou qualidade: o que importa?


Faz algumas semanas que vejo uma cena que tem me chamado a atenção. De manhã quando vou trabalhar passo por um pai que leva o filho para escola. O menino caminha curvado, com a mochila nas costas e fones nos ouvidos e o pai com o celular na mão vendo não sei o que. Ao ver esta cena por vários dias seguidos, comecei a pensar sobre as relações parentais que, muitas vezes, se dão como um cumprimento de protocolo. Outro dia uma pessoa me disse que sua mãe foi muito presente em sua vida na infância, logo em seguida coloca que suas irmãs é que lhe cuidavam. Isto fez com que questionasse o que as pessoas entendem por pais presentes. Será que se referem à presença física?

Pais presentes são aqueles que se envolvem com a vida de seus filhos, que sabem com quem eles saem, que costumam participar da vida escolar dos filhos, que levam e buscam das festas, que dão bons exemplos, educam, transmitem valores e ética, brincam, vão ao cinema, teatro juntos, procuram fazer as refeições no mesmo horário, conversam, escutam o que os filhos têm a dizer. Para tanto, não importa o número de horas que os pais passam com os filhos, mas sim como utilizam as horas que estão juntos. É comum vermos os pais ao estarem com os filhos não terem paciência, usarem palavras inadequadas para se referirem a eles ou deixarem na casa dos avós, das tias para poderem descansar. Brigas, discussão, atos de violência psicológica estão muito presentes nas famílias e isto faz com que a criança e o adolescente busquem os seus iguais, afastando-se do núcleo familiar, para se sentirem bem e aceitos. Com isto, quando os pais se dão conta, alguns jovens já estão envolvidos com droga e álcool, participando de grupos não muito saudáveis e aí vem à velha fala: “onde será que eu errei”. Errou no momento em que poderia estar com seu filho, que tinha que lhe dar bons exemplos, escutá-lo, estava envolvido com outras coisas e alegava não ter tempo suficiente para dedicar-se a ele. Portanto, aproveito o tempo que tiver para conviver com o seu filho da melhor maneira possível, não importa o número de horas que tem para ficar com ele. Importa, é vocês pais, usarem o tempo que tiverem da melhor maneira possível, dando-lhes atenção e carinho.

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