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Cada um vê a história do seu jeito


As pessoas questionam muito porque, frente à mesma situação, alguns enxergam de um jeito e outros de maneira diferente. Que coisa boa que isto acontece! Já imaginaram todo mundo entendo tudo igual? Seria um horror!

Trata-se da percepção de cada um. Cada pessoa vai perceber o que está ao seu redor, de forma diferente, visto que os nossos neurônios são diferentes, o nosso genoma é distinto e nós somos submetidos a diferentes experiências no decorrer da vida.

É comum as pessoas confundirem percepção com sensação. A percepção é a capacidade que o indivíduo tem de interpretar a sensação, associando informações sensoriais à nossa memória e cognição e, com isto, vai construindo conceitos sobre o mundo e sobre si mesmo, refletindo no comportamento. Ela está relacionada aos cinco sentidos: visão, tato, olfato, audição e paladar.

Kant, que foi um grande estudioso da percepção, referia que quando percebe-se aquilo que se chama de objeto, vai-se encontrar estados mentais que parecem compostos de partes e pedaços. No seu entendimento, estas partes e pedaços são organizados de forma que tenha algum sentido, não ficando limitados ao processo de associação. Sendo assim, pode-se dizer que a percepção não é algo passivo, mas uma organização ativa dos elementos, de forma a construir uma experiência coerente.

A percepção é a organização e interpretação dos estímulos que foram recebidos pelos sentidos, permitindo identificar objetos e acontecimentos. Como já colocado anteriormente, ela está relacionada à história de vida de cada um, dos seus interesses, dos seus princípios e valores. Por isso cada pessoa enxerga a mesma situação de maneiras diferentes e deve ser respeitada. Perceber algo de maneira diferente de alguém não significa que um esteja certo e outro esteja errado.

O certo e o errado fazem parte uma convenção social, daí a importância de incentivar as pessoas a exporem seu ponto de vista, porque nunca vai existir uma única maneira de ver as coisas. Vários são os vieses existentes para a mesma coisa, e quando novos argumentos são colocados com sustentabilidade, pode-se até repensar a nossa forma de perceber, de entender as coisas, aceitando-as.

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