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Amar tem que ser de graça


É comum querermos que as pessoas correspondam aos nossos sentimentos nos relacionamentos, sejam afetivos, de amizade ou profissionais. Acreditamos que o outro tem que nos fazer feliz, porque estamos sempre tentando agradá-lo, satisfazê-lo e não percebemos, muitas vezes, que este nosso comportamento pode estar sendo invasivo e tendo um efeito rebote, ou seja, pode estar deixando a pessoa desconfortável.

A nossa felicidade não está no outro, mas dentro de nós e a necessidade de agradar é nossa e não do outro.

Qualquer gesto de amor, de atenção, de carinho exige gratuidade, ou seja, não pode ser cobrado. Amar é um dom que recebemos de graça e de graça devemos dar.

Gratuidade, graça, gratidão tem a mesma raiz e são três palavras que deveriam fazer parte da nossa vida diariamente, pois ajudam-nos a encontrar o equilíbrio e a viver melhor.

Muitos relacionamentos terminam pelo nível de cobranças que fazemos e muitos terminam por não fazermos cobrança, por “deixarmos solto”, permitindo que a pessoa seja livre para fazer o que lhe dá prazer na vida, entretanto, isto é compreendido, por muitos, como um desinteresse. Bem, aí fica difícil de lidar, nada podemos fazer se o outro tem a necessidade de ser paparicado para se sentir importante...

Amar, ser atencioso, ser delicado, ser respeitoso faz parte de qualquer relação. O que não faz parte são as cobranças, as grosserias, a falta de educação, a violência. Vivemos numa época em que a gratuidade e a gratidão foram esquecidas, porque não cabe nos egos inflados. A partir do momento em que conseguirmos nos relacionar sem exigir nada do outro e sem achar que seremos felizes por causa dele, viveremos melhor e não responsabilizaremos ninguém pelos nossos sentimentos, pelas nossas carências, pelas coisas que acontecem em nossa vida, porque estaremos começando a viver com inteligência e educação emocional.

Viver com inteligência e educação emocional é libertar-se das rusgas, das mágoas, dos ressentimentos. É saber viver em paz, com liberdade, com alegria, sem cobrar nada de ninguém. É fácil? Não, mas vale tentar. Diria que é um aprendizado.

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