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A dificuldade de aceitar-se


Um dos problemas que nos deparamos atualmente é a dificuldade que as pessoas tem de se aceitarem. Estão sempre traçando comparativos, querendo ser e ter o que o outro é ou tem, tentando corresponder as cobranças que a sociedade faz em termos de aparência. As pessoas são valorizadas pelo que tem e pelo status que possuem, mesmo que esses não sejam reais.

A imagem pesa muito nos tempos atuais. A cobrança por um corpo perfeito, a necessidade de estar dentro dos padrões de beleza é grande. Inclusive a excessiva valorização da beleza tem contribuído para o desenvolvimento de distúrbios alimentares, como a bulimia e anorexia, podendo causar, inclusive, alterações de humor, isolamento social, depressão e ansiedade. Não percebem que dificilmente irão atingir o ideal, até porque este não existe na prática.

Essa busca constante pela beleza, para ser como o outro está associada as questões de autoestima, ao sentimento de inferioridade, a uma insatisfação interna que leva a ir ao encontro de alternativas para tentar preencher o vazio existencial. A pessoa não se dá conta que as alternativas que busca são momentâneas, que logo irão passar e que voltará a ter a necessidade de buscar algo para satisfaze-la novamente.

Hoje existe uma série de tratamentos de beleza, de fórmulas, produtos e procedimentos estéticos para que as pessoas possam rejuvenescerem e encontrarem a solução mágica para os seus conflitos internos. As pessoas ficam tão encantadas a ponto de não questionarem o que existe por trás do que está sendo ofertado. Não se dão conta que o objetivo é vender o produto ou o serviço, quando percebem que o resultado não foi o esperado, se frustram e com isso intensifica a insatisfação interna.

Aceitar-se é essencial para que a pessoa consiga encontrar a paz, o equilíbrio, a serenidade e a felicidade que tanto almeja. Ao invés de correr para ir ao encontro dos padrões de beleza impostos pela sociedade ou para ser o que o outro é, as pessoas deveriam correr em busca do autoconhecimento, da sua singularidade, da quebra de paradigmas, do respeito e da apreciação da autenticidade individual, a gostar de si, a não projetar para o corpo a sua felicidade. A partir do momento que a pessoa passa a se aceitar, ela resolve grande parte dos conflitos que lhe geram sofrimento.

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