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Você sofre da Síndrome do Impostor?


Para poder responder essa pergunta, primeiramente faz-se necessário saber o que é síndrome do impostor. Trata-se de um fenômeno psicológico caracterizado pela incapacidade de assimilar os próprios méritos e pelo sentimento constante de inadequação.

Mesmo sabendo o quão duro trabalhou para chegar aonde chegou, o indivíduo acredita que tudo não passou de um golpe da sorte e que de alguma forma enganou a todos para chegar onde está.

A origem desse fenômeno é a comparação. A insegurança, a baixa autoestima, a dificuldade de olhar para si e ver quem você realmente é, colaboram para que desenvolva essa síndrome que poderá lhe levar a um quadro de depressão/ ansiedade por achar que não tem o talento e a capacidade que o outro tem.

Nessa síndrome, a pessoa está sempre desfazendo de si mesma. Não percebe o seu potencial, a sua capacidade, acha que os outros esperam muito dele, mas na realidade não é tão bom como pensam, se percebe como uma fraude. Em um primeiro momento, pode parecer que a pessoa é humilde, com o passar do tempo e com a permanência desses sentimentos e pensamentos, caracteriza-se a síndrome do impostor.

É algo que parece simples, mas não é. Trata-se de autossabotagem, que leva a pessoa não acreditar que está onde está por mérito próprio, atribui fatores alheios para toda e qualquer tipo de conquista e com isso, vive perturbada pelo medo de que, um dia, descubram que ela é uma fraude. Acredita que isso vai acontecer a qualquer momento, lhe levando a um sofrimento psíquico intenso. A ideia central dessa desordem psicológica envolve a forma como os outros a veem e a maneira como cada um enxerga a si mesmo, principalmente em relação às conquistas profissionais. Por mais que as evidências mostrem que a percepção que tem de si é uma distorção de percepção, não adianta, a pessoa continua se percebendo como impostora.

Essa síndrome foi identificada pelas pesquisadoras Pauline Rose Clance e Suzanne Imes, da Universidade do Estado da Geórgia, em 1978, quando publicaram o primeiro artigo com a nomenclatura “impostor” usada para designar quem demonstrava sinais de autoboicote.

A Síndrome do Impostor pertence mais ao campo da psicologia do que ao da psiquiatria. Na verdade, o nome “síndrome” veio apenas por força de expressão, já que ela efetivamente não tem características clínicas para ser denominada assim, sua marca são as distorções cognitivas (maneiras erradas de interpretar informações, como a realidade) “fundadas em crenças de incompetência, com grande comprometimento da autoestima”. Pode parecer simples de superar o sentimento de impostor, mas para quem tem profundos sentimentos de inferioridade, livrar-se dos seus defeitos, falhas, limitações, não é nada fácil. O sofrimento vivido pela pessoa portadora dessa síndrome é real, porque acredita na percepção que tem de si.

O tratamento se dá na desconstrução das crenças que as pessoas carregam consigo, para que possam ter a percepção real de si e reconhecer o seu potencial e capacidade.


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